Hello, galerinha!!
Neste post vamos falar sobre um passeio de fim de semana que fizemos à histórica cidade de Ouro Preto, nas aconchegantes Minas Gerais. Aproveitamos uma ida a trabalho para Belo Horizonte e demos uma esticadinha para conhecer a famosa cidade do artista Aleijadinho, de 11 a 13 de setembro de 2015.
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Igreja Nossa Senhora das Mercês e Misericórdia (Mercês de Cima), em Ouro Preto. Visitação externa, apenas. |
Pé na estrada
Alugamos um carro em Belo Horizonte e pegamos a estrada após o evento do qual participamos. De Belo Horizonte a Ouro Preto são cerca de 96 km, a duração da viagem depende um pouco do trânsito que você pegar em BH, mas é de aproximadamente 1 hora e meia.
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Rota de Belo Horizonte a Ouro Preto. Fonte: Google Maps |
Uma informação importante se você for chegar à noite em Ouro Preto: coloque o ponto direitinho no seu GPS/waze/Oi Mapas e não se assuste com a escuridão e as ruas super estreitas e inclinadas. A cidade é muito calma e tranquila, mas a escuridão e as curvas íngremes podem realmente assustar os desavisados, à noite. (Oi Mapas é um mapa offline, que não precisa de internet para funcionar. Veja
aqui no nosso post sobre a Chapada dos Guimarães por que decidimos sempre ter esta opção em mãos, rs).
Hospedagem
Ficamos hospedados na
Pousada Laços de Minas. É uma pousada muito charmosa, linda mesmo, com móveis rústicos (que amamos!) e super bem localizada, a uma quadra da praça Tiradentes (praça central da cidade). Pagamos R$ 542 por duas diárias. Eles também possuem garagem (que não fica no mesmo prédio da pousada, mas os funcionários levam e buscam o carro pra gente). Um diferencial da Pousada é que, além do café da manhã maravilhoso, também é oferecido aos hóspedes um chá/café da tarde. O restaurante da pousada é um charme só. Vejam as fotos!
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Pousada Laços de Minas - fica na Rua dos Paulistas, muito bem localizada |
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A pousada tem móveis rústicos muito lindos! |
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Nós curtimos muito o restaurante da pousada, no café da manhã e da tarde |
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Decoração maravilhosa da pousada |
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Eu adoooro chás. Na Pousada Laços de Minas há muitas opções, da melhor qualidade! :) |
Calçados e clima
Em primeiro lugar, uma dica importantíssima, equivalente à que demos
na nossa postagem com relação a Paraty/RJ: os calçados devem ser confortáveis, sem salto! Em Ouro Preto essa recomendação é ainda maior, pois além das ruas de pedras e paralelepípedos, ainda temos as ladeeeeeeeeeeeiras sem fim!
Também é recomendável levar uns agasalhos, pois por ficar em região montanhosa, à noite fica fresquinho (fomos em setembro, caiu uma chuvinha e ficou até friozinho).
Passeios
São muitas as atrações a serem visitadas em Ouro Preto. Igrejas e capelas então, imaginamos que seja uma das maiores concentrações por metro quadrado do mundo, rs. Uma dica importante é que na segunda-feira a maioria das igrejas fica fechada para visitação. Nós fizemos todos os passeios a pé mesmo.
A primeira igreja que vimos (porque erramos o caminho, kkkk) foi a de Nossa Senhora das Mercês e Perdões (ou Mercês de Baixo). Ela estava em reforma, então só vimos por fora, mesmo. Com relação a errar o caminho, muito cuidado! Cada esquina que viramos erroneamente pode significar subir ladeiras íngremes desnecessariamente! Por outro lado, ajuda a queimar as calorias da comilança, que é inevitável em Minas, né? :)
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Igreja Nossa Senhora das Mercês e Perdões, em reforma |
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Um exemplo de ladeira de Ouro Preto - na foto não dá pra ter noção da inclinação! |
Corrigimos nosso rumo e então fomos à Igreja de São Francisco de Assis. Trata-se de uma das mais importantes obras de Antônio Francisco Lisboa, o famoso "Aleijadinho". Nesta igreja, atuou como arquiteto e escultor. O estilo denominado rococó surgia, com fabulosas esculturas cheias de detalhes, esculpidas em pedra sabão na sua fachada. Na parte interna, a abóboda é toda pintada pelo Mestre Ataíde. Segundo nos informaram, a pintura foi feita no mesmo método da Capela Sistina (o pintor fica deitado rente ao teto), e levou 10 anos para ser finalizada. É considerada por muitos o ápice do Barroco brasileiro.
O valor da entrada é de R$ 10 e dá direito também à visita na Paróquia Nossa Senhora da Conceição, que tem o Museu do Aleijadinho. Funciona de terça a domingo, das 8h30 às 11h50 e das 13h30 às 17h.
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Igreja São Francisco de Assis - eis o Barroco brasileiro! |
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Vista interna da igreja. Reparem na abóboda, toda pintada, muito linda.
Não é permitido fotografar, então peguei essa imagem do site O garimpeiro |
Na frente da Igreja São Francisco de Assis ficamos admirando um pintor retratando a igreja com muita habilidade, e vimos pelas outras pinturas expostas que ele trabalhava com várias técnicas diferentes (até nanquim). Começamos a conversar com ele e descobrimos que ele está morando em Pirinópolis, aqui do ladinho de Brasília, e retorna de tempos e tempos para pintar na cidade natal dele, Ouro Preto. Compramos então uma pintura do talentoso Mirim Santos.
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Pintura que compramos na frente da igreja, do pintor Mirim Santos |
Em seguida visitamos o Museu da Inconfidência Mineira, que fica no coração de Ouro Preto, na Praça Tiradentes.
Segue trecho do texto explicativo do site do Museu:
Em meados da década de 30, o presidente Getúlio Vargas determinou que os restos mortais dos participantes da Inconfidência degredados para a África fossem trazidos de volta ao Brasil. Os ossos que puderam ser exumados chegaram em 1937. Numa época em que o resgate da memória brasileira começava a se tornar prioridade tanto para governo quanto para intelectuais, o local para depósito daquelas relíquias só poderia ser Ouro Preto.
Ao ser esvaziado em 1938 o prédio da antiga Casa de Câmara e Cadeia de Vila Rica, que ultimamente funcionava como penitenciária estadual, um dos seus salões destinou-se para abrigar o Panteão dos Inconfidentes, que foi inaugurado no dia 21 de abril de 1942, data do transcurso do 150º aniversário da sentença condenatória dos inconfidentes. Em seguida, por meio de decreto-lei do governo federal, criou-se o Museu da Inconfidência, que completaria a ocupação do imóvel, sendo inaugurado em 11 de agosto de 1944, ao término das reformas para a adaptação do edifício à nova função.
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Praça Tiradentes |
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Eu com cara de turista na frente do Museu |
Além do Panteão dos Inconfidentes, onde estão registrados os nomes de diversos mártires, muitos objetos curiosos estão à mostra. Toras da forca de Tiradentes e livros manuscritos, muito antigos, impressionam. Vimos inclusive um livro que era algo como um Manual, sobre "como cuidar do seu escravo", falando sobre hábitos, doenças, etc. Pense, que horror!
A visita ao Museu vale a pena demais. Serviço: 12h às 17h30, fecha às segundas-feiras. A entrada custa R$ 10.
Fomos então à Igreja Nossa Senhora do Carmo, que fica ao lado do Museu da Inconfidência. Esta igreja foi construída entre 1766 e 1772, projetada originalmente por Manoel Francisco Lisboa, pai de Aleijadinho, e modificado por este na fase de construção.
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Igreja Nossa Senhora do Carmo |
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Vista de dentro da igreja. Reparem como pra todo lado que se olha, existe uma outra igreja! |
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Vista panorâmica de dentro da Igreja Nossa Senhora do Carmo. Clique na imagem para vê-la ampliada.
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Outra atração que visitamos foi o Museu de Ciência e Técnica, da Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Também fica na mesma Praça Tiradentes. Neste museu há uma coleção incrivelmente enoooorme de pedras preciosas no setor de mineralogia. O museu também possui setores de história natural, metalurgia, mineração, eletrotécnica, topografia... Muito bacana!
Serviço: 12h às 17h, fecha às segundas. Entrada: R$ 6,00.
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O Museu de Ciência e Técnica visto da praça |
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Da parte de fora do Museu temos esta vista da Praça Tiradentes (do outro lado, o Museu da Inconfidência) |
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Entrada do Museu de Ciência e Técnica da Escola de Minas da UFOP |
Caminhamos então para a Matriz Nossa Senhora do Pilar, a igreja com maior quantidade de ouro em sua decoração interna. Esta igreja fica na Praça Monsenhor Castilho Barbosa, 12. Pra quem sai da Praça Tiradentes, é uma ladeira beeem íngreme para chegar lá (descendo, na ida, e subindo, na volta).
Serviço: 9h-10h45, 12h-16h45. Fecha às segundas-feiras. Não é cobrada entrada.
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Matriz Nossa Senhora do Pilar |
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Interior repleto de peças folheadas a ouro da Matriz Nossa Senhora do Pilar.
Fonte: blog Casal Viajando |
Ufa! Todos esses passeios fizemos no primeiro dia.
No domingo fomos conhecer a Mina do Chico Rei, um escravo que escondia pequenos pedaços de ouro nos cabelos e no corpo. Acabou conseguindo sua alforria, adquiriu sua própria mina e então continuou trabalhando para alforriar seus súditos. Transformou-se em uma figura lendária na região, símbolo da liberdade dos negros.
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Entrada da Mina |
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Vista da parte interna da mina, no início do túnel (aqui ainda dá pra andar ereto) |
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Aqui já ficou complicado! |
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Paredes da mina |
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Várias cores nas paredes da mina |
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As tintas naturais das argilas coloridas no interior da mina (a mão é da nossa guia) |
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Desbravando a mina do Chico Rei |
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Lavando as mãos depois do passeio |
É muito impressionante a escuridão e a sensação de agonia de ficar dentro de uma mina assim. Quando a guia contou que as crianças negras começavam a entrar na mina para aprender a escavar e minerar com 5 aninhos de idade, tive que me segurar pra não chorar. É desumano demais!... O passeio é bem interessante, mas não recomendamos para quem tem claustrofobia.
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Antiga senzala, que hoje funciona como restaurante (Boca da Mina).
Esse pequeno feixe de luz era a única janela do local |
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Restaurante na Mina do Chico Rei (não era horário do almoço então não experimentamos dessa vez) |
Fomos em seguida para a igreja construída pelo Chico Rei, a Igreja de Santa Efigênia e de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. Segundo a guia nos explicou, Chico Rei decidiu construir a igreja para ter onde velar os negros mortos e orar. Trata-se de uma igreja eclética. Nas pinturas e esculturas do interior da igreja, aparecem padres e anjos negros, além de alguns objetos que lembram o candomblé, como conchas.
Para chegar a esta igreja também há uma subida sem noção!
Serviço: 8h30 às 16h30. Fecha às segundas. O valor da entrada é de R$ 5.
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A ladeira que subimos pra chegar à Igreja construída por Chico Rei |
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A Igreja de Santa Efigênia dos Pretos |
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Detalhe da pintura interna da igreja Santa Efigênia dos Pretos - o Papa negro. Fonte: acervo da Unesp |
Restaurantes
Fomos a vários restaurantes muito bons em Ouro Preto. Vamos citar aqui nossas dicas; a comidinha mineira dispensa elogios, né? Rs...
Na noite em que chegamos, comemos uma massinha na Trattoria Oro Nero, bem pertinho da pousada. Dois pratos muito bem servidos (à bolonhesa e ao funghi), mais uma cervejinha artesanal de Minas (Backer, de trigo), R$ 99.
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Trattoria Oro Nero, restaurante italiano super próximo à Pousada Laço de Minas. Massa deliciosa!! |
O almoço de sábado foi bem mineirinho. Comemos na Casa do Ouvidor, próximo à praça principal. O restaurante é bem amplo e agradável. Pedimos um tradicional tutu à mineira, muito bem servido, e tomamos um choppinho. O preço é bom, a conta deu R$ 77,55.
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Restaurante Casa do Ouvidor, próximo à Praça Tiradentes. |
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Restaurante Casa do Ouvidor: Rua Direita, nº 42 |
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Interior da Casa do Ouvidor |
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Delícia de beijinho! S2 |
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Tutu à mineira! Pé na jaca total!! |
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Vista da rua, a partir da Casa do Ouvidor |
No jantar fomos ao restaurante Bené da Flauta, também muito próximo à nossa pousada, na Rua São Francisco de Assis, nº 32. O restaurante é muito bonito, mais sofisticado. Pedimos um vinho, comemos uma rabada e um filé mignon, muito gostosos! Valor da conta: R$ 199,65.
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Restaurante Bené da Flauta, no final da rua. Ao fundo, Igreja São Francisco de Assis. |
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Interior do restaurante Bené da Flauta |
Antes de irmos embora, no domingo, seguimos a
sugestão do maninho Mi e da cunhadinha Lu: comemos um pastel de angu em um dos
restaurantes/lachonetes na saída de Ouro Preto para Belo Horizonte. Pastel de
angu, com recheio de carne moída. Huuuummmm, delícia!!
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Indicação do maninho e da cunhadinha: pastel de angu! Delícia!!! |
Bom, esse
foi nosso passeio por Ouro Preto, cidade histórica, linda, charmosa e muito
receptiva. Como diria o seu Creysson, "Eu arrecomêndio!".
Recomendamos mesmo!
Beijinhos, e até a próxima!