sexta-feira, 14 de abril de 2017

Dicas de Portugal: Por que nem sempre os brasileiros entendem os portugueses - março de 2017

Olá, galerinha amante das viagens, tudo bem??

Preparem-se para rir nesta postagem de hoje. Como dissemos na postagem sobre Lisboa, nós amamos Portugal! Hoje vamos falar sobre a diferença brutal que existe na forma de comunicação entre os brasileiros e os portugueses - apesar de falarmos a mesma língua. :)

Brasil e Portugal, laços históricos. Fonte da imagem: Site Zazzle
Antes de irmos para Portugal, conversamos com vários amigos que já tinham passado pela terra dos nossos descobridores. Todos eles nos contaram histórias engraçadíssimas que demonstram que os portugueses são muito literais, ou seja, tudo que eles dizem e ouvem é interpretado bem ao pé da letra, mesmo. Vocês vão entender conforme formos contando os "causos"...

Apesar de falarmos a mesma língua, a cultura muitas vezes causa confusão na comunicação entre
brasileiros e portugueses. Fonte da imagem: Blog Coaching afetivo
É importante ressaltarmos que até soubemos de uma possível motivação de eles serem assim: nosso amigo, Russo, disse que o principal motivo teria sido o fato de os portugueses terem passado por um longo período de Inquisição (quase 300 anos). Por não quererem correr o risco de serem mal interpretados ou de darem mais informação do que deveriam e acabarem queimados em uma fogueira, os portugueses se habituaram a dizer somente o que lhe é questionado, assim como perguntar exatamente o que se quer saber.

Execução pelo fogo, em Lisboa. Fonte da imagem: Site Expresso, de Portugal
Ao longo de quase 300 anos esta foi uma das instituições mais temidas em Portugal. Para garantir uma fé católica com elevado grau de "pureza", milhares de pessoas foram perseguidas, torturadas e mortas na fogueira. Nenhuma heresia escapava ao Santo Ofício. (Fonte: Breve história da inquisição em Portugal).

Muito bem, então, tendo em mente que provavelmente este é o motivo da citada literariedade, vamos à parte engraçada da postagem!
Contaremos os "causos" e colocaremos o nome dos amigos que passaram pela situação entre parênteses, ok? Lembrem-se de ter em mente o sotaque português ao lerem as falas dos portugueses. :)

Caso 1  (Dani)

Em um restaurante, a brasileira pergunta: "Tem água com gás?". 
O garçom português responde: "Temos", e permanece ali parado.
A brasileira então diz: "Eu quero uma".
O garçom informa: "Não será possível".
Inconformada, a brasileira quesitona: "Mas você não disse que tem?"
E o garçom explica: "Tem, mas não há".
kkkkkkkkkkkkkk...
Explicação: tem, no cardápio, mas não há nenhuma disponível para lhe servir agora.
Lição aprendida: nós só usamos o verbo haver para fazer pedidos em Portugal. (exemplo: Há coca-cola?). 

Caso 2 (Bisi e Nadja)

Os brasileiros aguardam o elevador, em Lisboa.
Ao verem a porta se abrir, perguntam: "Está subindo?"
E eis que vem a resposta: "Está parado!"
kkkkkkkkkkk...
E o pior é que o senhor que respondeu estava com aquela cara de "dããããããã"!... rs rs
Explicação: o gerúndio foi literalmente interpretado.
Lição aprendida: se for perguntar para que lado o elevador vai, pergunte: "Vai subir?"

Cuidado com o gerúndio, em Portugal! Rs. Fonte: Perene Assessoria
Caso 3 (Sérgio)

O brasileiro vê uma máquina de venda no hall do hotel.
Vai até o recepcionista português e pede: "Quero uma ficha da máquina, por favor".
O recepcionista vende a ficha.
O brasileiro vai até a máquina, coloca a ficha mas ela cai. Tenta novamente, em vão, e então volta ao balcão.
O recepcionista então informa: "A máquina está quebrada, senhor".
O brasileiro, indignado, questiona: "Então por que você me vendeu a ficha?"
"Porque o senhor pediu", responde o recepcionista.
Explicação: os portugueses não dão nenhuma informação que você não tenha pedido explicitamente.
Lição aprendida: antes de comprar uma ficha para uma máquina, pergunte se a máquina está funcionando.

Máquinas de venda - melhor confirmar antes de comprar a ficha, rs. Fonte da imagem: Blog Maria Mochileira

Caso 4 (Sérgio)

O brasileiro chega em uma adega, aquela loja especializada e repleta de vinhos.
O atendente português, todo solícito: "Em que posso lhe ajudar?"
O brasileiro pede o que está procurando: "Você tem Cabeça de Burro?"
Ao que o português reclama: "Por que estás a me ofender?"
E o brasileiro então esclarece, confuso: "O vinho, Cabeça de Burro?"
E o atendente diz: "Ah, pois o vinho Cabeça de Burro, temos sim".
Explicação: O português não utiliza figuras de linguagem - nesse caso, a elipse.
Lição aprendida: Não omita as palavras, mesmo que ache que é óbvio.

Se o Sérgio procurou pelo vinho, é porque ele é bom. Tivemos que comprar e comprovar! :)
Caso 5 (Sérgio)

O brasileiro chega ao restaurante, que está com uma plaquinha indicando "Aberto" na porta. Entra com sua esposa e se encaminha a uma das mesas disponíveis. 
O garçom português chega e diz: "Não será possível atendê-los".
Brasileiro: "Mas o restaurante não está aberto?"
Garçom: "Sim, mas vai fechar em trinta minutos".
O brasileiro então explica: "Ah, ok, então nós vamos pedir algo bem simples e comemos rapidinho".
Então o garçom insiste: "Não haverá tempo, senhor".
Então, após serem expulsos do restaurante (pensando, "por que já não coloca a placa como "Fechado", então?), os brasileiros fazem sinal e pegam um táxi.
Ao entrarem no táxi, o motorista já começa a se deslocar com o carro, e pergunta: "Para onde?"
E os brasileiros: "Para o Chiado" (bairro boêmio de Lisboa, cheio de bares e restaurantes).
Taxista: "Pois para lá não vou, nem com uma faca apontada nas costas". (detalhe, sem parar de se deslocar). "Para onde?", insiste o taxista.
Os brasileiros também insistem: "Então, nós queremos ir para o Chiado..."
E o taxista desabafa: "As ruas lá são muito apertadas, tem um monte de jovens que ficam no meio da rua, para o Chiado não vou".
Sem ter como desistir da viagem (a não ser que pulassem do carro em movimento), os brasileiros pediram ao taxista: "Poderia então nos deixar próximo do Chiado?".
Explicação: Sem explicação,  né? Rs...
Lição aprendida: Verifique o horário de funcionamento dos restaurantes e não queira entrar nos últimos minutos, rs. Ah, e com relação aos táxis, outra informação importante que o Sérgio deu é que não devemos de forma alguma nem entrar nem sair do carro pelo lado da rua, pois se o fizermos tomaremos a maior bronca do taxista! :)

Placa de "Aberto/Fechado" não é garantia de poder ser atendido... rs.
Fonte da imagem: Mercado Livre
Caso 6 (Dani)

A brasileira não está conseguindo encontrar um ponto turístico e resolve parar o carro para pedir ajuda a um taxista. O taxista português, muito solícito, diz que está indo para lá mesmo e que pode então guiá-la.
A brasileira espera que o táxi se desloque, mas o taxista faz sinal para que ela o ultrapasse. 
Sem entender nada, a brasileira passa a dirigir seu carro à frente do táxi, e então ela percebe que o taxista está lá, no carro de trás, fazendo sinais com as mãos e com as setas, indicando para onde ela deveria ir!
Sim, sabemos que é praticamente inaceitável acreditar que alguém indicou o caminho para outra pessoa seguindo-a, ao invés de guiando-a, mas é verdade e só acreditamos por termos ouvido da boca da "vítima", rs.
Explicação: essa também "não tem explicação, não tem não tem..." (ao ritmo de Cássia Eller).
Lição aprendida: se algum português disser que vai lhe guiar, explique antes que prefere que ele vá na frente, rs (correndo o risco de ele não aceitar ou não compreender). kkk.

Ao pedir informação no trânsito em Portugal, tenha em mente que os portugueses são diferentes dos brasileiros.
Fonte da imagem: Portal do Professor

Caso 7 (Sérgio)

O brasileiro para o carro e pergunta a um português onde fica determinado local.
O português começa a explicar: "Vais seguir por esta rua e então virar a direita, seguindo reto verá o monumento X, e então..."
O brasileiro interrompe e diz: "Ah, ok, depois do monumento X eu sei como chegar! Obrigado!"
Porém, o português se recusa a terminar a conversa: "Não, não. Pediste a informação, agora ouvirás até o fim."
Explicação: os portugueses entendem que, se você pediu uma informação completa (como chegar até tal local), ele lhe deve a explicação completa e você deve ouvi-la. 
Lição aprendida: não seja "mal educado" e ouça toda a explicação (ou então, use o waze, rs).

Nesse momento achamos importante fazer uma ressalva: os portugueses são extremamente educados no trânsito. Como dissemos em nossa postagem sobre Lisboa (clique aqui para vê-la), os motoristas são pacientes, dão seta, aguardam quando alguém está manobrando, nunca utilizam a buzina, e nas estradas, só utilizam a faixa da esquerda realmente para ultrapassagem.
Então, não nos entendam mal: o trânsito e as estradas de Portugal são de primeiro mundo. O que estamos aqui compartilhando com vocês são as diferenças que existem na forma de falar e "presumir" as coisas, que podem fazer com que os brasileiros sintam que estão "tomando patada", quando na verdade é parte da cultura, do jeito de ser dos portugueses. Ok?

Caso 8 (uma mulher que estava no assento atrás do nosso, no avião)

No voo que pegamos do Brasil para Portugal, o comissário de bordo, com seu sotaque português, pergunta: "Café, chá, água?".
A brasileira responde: "É café expresso?"
E o comissário informa: "Não, senhora, é café de avião".
kkkkk...
Explicação: como vocês também já entenderam a essa altura, o comissário não quis ser grosseiro, ele só deu a informação que a brasileira pediu. 
Lição aprendida: leve na esportiva, como a brasileira fez. Ela pediu: "ah, deixa eu provar então, por favor". Em seguida, após tomar um gole, ela disse ao comissário: "nossa, muito bom esse café de avião de vocês!"

Cafézinho expresso - não de avião, rs. Fonte da imagem: Site Rochn'tech
Caso 9 (essa foi conosco mesmo)

Mesmo com tantos casos conhecidos, e tomando todo cuidado, nós passamos por algumas situações engraçadas também.
Na entrada para subirmos ao Miradouro do Padrão dos Descobrimentos, estávamos na fila e quando chegou nossa vez, eu disse: "Ingresso para nós 3, por favor" (apontando para mim, o Alessandro e a Alice).
A portuguesa que vendia os ingressos perguntou: "Há estudante?"
Prontamente respondi, com meu jeito brasileiro de super simpática: "Sim, há. Estudante no Brasil, mas é estudante".
A portuguesa então informou, sem alteração alguma na voz ou na fisionomia: "Apenas perguntei se há estudante".
Tóim! kkkkkkkkkkkkk...
Como havia desconto para estudantes, ela quis confirmar que a Alice era estudante.
Explicação: eu dei uma informação que ela não pediu, então dancei, rs.
Lição aprendida: Tente segurar a língua e responder realmente apenas o que foi perguntado (pra mim é muito difícil, então tive que aprender a segurar a vontade de rir mesmo, rs).

Como é difícil não falar mais do que foi perguntado, né? Fonte da imagem: blog sobre comentário do Max Gehringer
Caso 10 (também nosso)

Na famosa e centenária Universidade de Coimbra, fomos visitar o Museu de Ciência. Pagamos pelos nossos ingressos e então a atendente portuguesa nos avisou: "Às 17 horas sairá deste mesmo local a visita guiada". 
Como ainda faltavam uns 40 minutos, agradecemos e fomos a uma parte do museu na qual havia uma exposição interativa, com muitas experiências bacanas sobre física e química: decomposição, refração e reflexão da luz, elementos químicos,  além de equipamentos de laboratório e outras curiosidades. 
Às 17 horas em ponto ouvimos o sinal e o murmurinho de pessoas no hall. Conversamos entre nós e decidimos que preferíamos fazer a visita ao restante do museu sem guia mesmo, para podermos ter maior liberdade no ritmo do passeio. 
Após termos aproveitado bem a exposição interativa, nos direcionamos para adentrar ao restante do museu, mas não encontrávamos nenhuma porta que desse acesso. 
Voltamos à entrada e perguntamos à atendente: "Por onde é o acesso ao restante do museu?"
E a atendente calmamente respondeu: "A última visita guiada saiu às 17 horas".
Só para confirmar, perguntamos: "Ah, só poderíamos entrar com o guia, né?".
E a portuguesa, na maior normalidade, consentiu: "Sim".
Explicação: nós não perguntamos se poderíamos entrar independente da visita guiada, então, ela não nos informou. É muito estranho, né, porque nós brasileiros certamente avisaríamos, e era capaz de irmos atrás "daquela família que não apareceu" para a visita guiada. Mas, como dissemos, cultura é cultura, né?
Lição aprendida: nunca mais pagaremos a entrada de um museu sem termos certeza de que poderemos visitá-lo (se é possível a visitação sem guia, por exemplo). Rs.
  
Nossa visita ao Museu foi frustrada, rs. Fonte da imagem: Youtube, Chaves em desenho animado
Outras curiosidades dos portugueses

Vamos agora citar algumas outras curiosidades da língua portuguesa falada em Portugal e dos costumes portugueses:

1. Ouvimos mais de uma vez o termo "rocambolesco". Assim: "Uma história rocambolesca", no sentido de atrapalhada, enrolada.

2. Ao ouvir alguém espirrar, eles dizem: "Santinha!", ao invés de "Saúde".

3. Quando algo é muito legal, os portugueses dizem que é "giro". O termo tem flexão de gênero, então se for algo no feminino, é "gira".

4. Da mesma forma, se algo é legal (menos que aquilo que era giro), então isso é fixe. (com som de xis, mesmo).

5. Em Lisboa, vimos uma placa que dizia: "Proibido virar à esquerda. Exceto ligeiros". Rimos muito, pois nos dá a impressão de que se você chegar dando um cavalo de pau, aí pode virar à esquerda. kkk. Imaginamos que ligeiros fossem os carros de pequeno porte, e depois confirmamos que é isso mesmo: existem os carros ligeiros e os pesados.  :)

6. Quando fomos conhecer as Buracas do Casmilo, passamos por pequenos vilarejos e vimos várias senhorinhas típicas portuguesas pastoreando cabras. Ficamos tirando fotos e a Alice até abriu a janela para ficar admirando a cena. A senhorinha passou por nós perguntando: "Nunca viste uma cabra?". kkkkk.. Nossa vontade foi responder: "com uma portuguesa toda de preto pastoreando, não". Rs. Mas acho que só demos risada mesmo. 

A pastoreira portuguesa que não entendeu por que paramos para admirar a cena.
7. Em Braga, ao norte de Portugal, estávamos em uma pracinha e o Alessandro estava tirando uma foto minha e da Alice, sobre um coreto. Nisso chegou uma velhinha portuguesa simpática e disse que ela poderia tirar a foto para aparecermos a família toda. Quando descemos e agradecemos, ela perguntou de onde éramos. Ao saber que somos brasileiros, ela começou a contar que tinha um irmão que veio morar no Brasil, que ele teve dois filhos, que ele faleceu, que só depois de muitos anos ela conheceu os sobrinhos, que ela se arrepende de não tê-los conhecido antes, que o marido dela é muito bom, que ela mora ali pertinho da praça, que ela tem jóias e ouro guardados... Rs. É sério, ela fez um monólogo e foi nos passando todas essas informações. Mas o mais engraçado de tudo é que ela ficou falando agarrada ao braço do Alessandro, estando os dois embaixo do guarda-chuva, pois começou a chover, e enquanto isso ficamos eu e Alice congelando e tomando chuva, no meio da praça. 
Foi difícil fazer a senhorinha se despedir, rs. Percebemos que os portugueses são muito carinhosos e melancólicos, eles parecem ter uma carência de serem ouvidos. 
Enfim, foi uma situação inusitada e muito engraçada! Devíamos ter tirado uma foto com ela, mas debaixo daquela chuva acabamos não fazendo-o.

Foto no coreto da praça em Braga, Portugal, tirada pela simpática senhorinha que "agarrou"
o Alessandro e não soltava mais de jeito nenhum.
Bom, acho que essas são as observações e "causos" que queríamos compartilhar.
Novamente queremos frisar que o objetivo principal dessa postagem é alertar os brasileiros que estão de viagem marcada para Portugal para que compreendam como os portugueses se comunicam, para não interpretar erroneamente algum mal entendido como falta de educação ou má vontade, pois isso não aconteceria - os portugueses são muito educados e prestativos. A diferença é que eles são muito literais (principalmente os mais velhos). Então, compreenda isso e vá de coração aberto, e preparado para levar na esportiva caso aconteça alguma situação como as que relatamos, ok?

Se quiser dar mais risadas, veja essa postagem de Rafael Capanema, no Buzzfeed: 16 histórias de Portugal que parecem piada, mas são reais.

E você, tem algum caso interessante ou engraçado também, com os portugueses?
Comente aqui e compartilhe conosco! 

Beijos, e até a próxima!







quinta-feira, 6 de abril de 2017

Dicas de Lisboa - Portugal, fevereiro de 2017

Como vai, querida galerinha viajante?!?

Hoje vamos falar de uma viagem inesquecível que fizemos, no período do carnaval de 2017, tendo como destino Portugal. O avô do Alessandro era português, da região de Braga, então fizemos questão de conhecê-la. Como Braga fica mais ao norte de Portugal e tínhamos 9 dias para o passeio, decidimos ir subindo de carro, a partir de Lisboa, para visitar várias cidades desse país lindo e encantador.
A viagem foi o presente de aniversário de 15 anos da Alice (antecipado, ela só faz aniversário em junho, rs), mas achamos melhor adiantar para ela perder menos dias de aula. Ela amou o presente, né, Alicinha?  :)

Os característicos e charmosos bondinhos de Lisboa
1. Planejamento - Roteiro

Vamos compartilhar com vocês aqui nosso roteiro. É importante salientar que daria para ficar TODOS os 9 dias em Lisboa, pois existem muitos lugares legais para serem visitados lá. Mas, como dissemos, nossa opção foi de conhecer mais cidades, deixando um gostinho de quero mais, principalmente nas cidades maiores, como Lisboa e Porto, por exemplo. 

Roteiro:
1º Dia – Lisboa
2º Dia – Lisboa – Estoril 24 km – Cascais 4 km – Sintra 18 km - Retorno para Lisboa (Total 75 km)
3º Dia – Lisboa - Óbidos 84 km (Total 84 km)
4° Dia - Óbidos – Nazaré 41 km – Coimbra 110 km (Total 150 km)
5° Dia - Coimbra - Buracas do Casmilo 24 km - Aveiro 78 km - Porto 75 km (Total 177 km)
6º Dia – Porto - Douro: Amarante 61 km – Peso da Régua 62 km – Quinta do Tedo 16 km - Retorno para Porto (total 272 km).
7º Dia – Porto - Braga 57 km – Bom Jesus do Monte 8 km – Guimarães 19 km - Retorno para Porto (Total 140 km)
8º Dia - Porto - Nazaré 214 km - Évora 232 km - Lisboa 132 km (Total 578 km)
9° Dia - Voo de retorno.
Foram 1.476 km percorridos no total, não contando com os passeios dentro de cada cidade.

Mapa com algumas cidades visitadas em nosso roteiro
2. Voos

Compramos as passagens da TAP, em uma promoção que soubemos pelo aplicativo Melhores Destinos (recomendamos!). Só não conseguimos preços melhores porque tínhamos que pegar o período do feriado de carnaval (um amigo viajou dois dias antes, retornando dois dias depois, e pagou mil reais a menos! ).... 
Mas, enfim, como compramos com bastante antecedência (em agosto de 2016), e na promoção, as passagens saíram por R$ 2.394,18, ida e volta, de Guarulhos a Lisboa, por pessoa (do valor, R$ 2.183,86 são referentes à tarifa em si, R$ 110,78 de taxa de embarque no Brasil e R$ 99,54 de taxa de segurança e despesas de serviço de passageiros, de Portugal). Ah, isso é classe econômica, logicamente, rs...

Gostamos muito da TAP. Achamos o avião bem confortável, as refeições eram fartas e o sistema de entretenimento é bacana, com filmes, músicas e jogos disponíveis em uma tela individual na frente de cada poltrona.

Rumo a Portugal, ora pois!!
Refeição da TAP, bem farta e gostosa, com opções de vinho português (tinto, branco e espumante)
Café da manhã da TAP
Só temos que alertá-los para quando forem fazer marcação de assentos. Na ida, fomos nas poltronas 32 D, E e F, foi tranquilo. Já na volta, tínhamos marcado as poltronas 25 E, F e G, só que não sabíamos que tais poltronas ficam bem na divisa de um setor a outro do avião, ficando justamente onde não é possível reclinar a poltrona. Então, atentem-se para o modelo do avião e a localização das poltronas, ok? (no caso do voo 0082 da TAP, de Guarulhos para Lisboa, o avião é o Airbus Industrie A340-300). 
Descobrimos agora um site que mostra a configuração de poltronas de vários aviões, mas ao compararmos, vimos que não teria adiantado nesse nosso caso, pois as poltronas que não reclinam aparecem como sendo as 26, e não 25. De toda forma, pode ser que seja útil para ter uma ideia e pegar poltronas mais "garantidas", né? O site é esse: SeatGuru.

3. Aluguel de carro

Fizemos o aluguel do carro em Portugal pelo site da Alamo, que já conhecíamos por termos feito locações 2 vezes com eles nos Estados Unidos. Em Portugal, a empresa é um conglomerado, Alamo e Enterprise. Alugamos um Seat Leon, um carro muito bom, que era manual, mas tinha tecnologia de carros muito caros aqui no Brasil. Por exemplo, o motor do carro desligava quando parávamos no semáforo e religava automaticamente em seguida, quando pisávamos no acelerador novamente!
Pagamos R$ 497,15 (reais, mesmo) por 9 dias de locação, mais 25,73 euros pelos pedágios, que são cobrados à parte depois, no cartão de crédito. É super importante pedir o automóvel com o "Via Verde", que é similar ao "Sem Parar" do Brasil, ou o "Sun Pass" dos Estados Unidos.
Ah, é importante informá-los que as estradas em Portugal são maravilhosas! Mesmo quando passamos por vilarejos super isolados, como quando fomos às Buracas do Casmilo, por exemplo, as estradas nos impressionaram muito. Dá para viajar tranquilamente mesmo, as vias expressas são largas, sempre com várias pistas, os motoristas são muito pacientes e o trânsito, muito organizado. Ninguém fica na faixa da esquerda, ela só é utilizada para ultrapassagens, e os motoristas aguardam enquanto fazemos manobras, permitem mudanças de faixa, sempre com muita educação. Ah, e vimos muito poucas motocicletas por lá (talvez também por conta do frio, por termos ido no final do inverno).

Nosso "estiloso", que nos levou pelas lindas estradas de Portugal.
4. Hospedagem em Lisboa

4.1 Chiado Square Apartments | Lisbon Best Apartments

Como vocês viram no nosso roteiro, passamos as duas primeiras e a última noites em Lisboa. Reservamos pelo Booking, para a chegada, um apartamento que fica bem no meio do burburinho, no bairro de Chiado, o Chiado Square Apartments/Lisbon Best Apartments. O apartamento é simplesmente chiquérrimo! O acabamento é de alta qualidade e a decoração, linda. O banheiro é todo em mármore branco, com aquecimento do piso e um chuveiro mega que faz com que você se sinta debaixo de uma chuva quentinha... Tem até TV no banheiro, rs. O sofá-cama da sala é super prático de montar e vira uma cama de casal gigante. Tem uma cozinha completíssima, com lavadora de louça e até lavadora de roupas. O elevador é grande e novinho. Só a garagem fica um pouquinho longe, a umas 4 quadras do apartamento, mas é tranquilo se deslocar até lá. Fomos super bem recebidos pelo dono do apartamento (é preciso combinar o horário de chegada para encontrar com ele lá), ganhamos garrafas de água e frutas de boas vindas, além de dicas de bons restaurantes nas redondezas. Há uma estação de metrô bem em frente ao apartamento, também.

A porta verde de entrada do apartamento, entre o Cabelleireiro e o McDonald's.
Vista do calçadão do Chiado, logo à direita da entrada do apartamento. Ao fundo, o famoso café A Brasileira.

Vista panorâmica do apartamento. Clique na imagem para ampliá-la.
Quarto do apartamento

Vista do quarto do apartamento
Panorâmica do banheiro, puro mármore branco.
Chuveiro espetacular, com muita água quentinha.

Vista do Café "A Brasileira"
Serviço: Chiado Square Apartments | Lisbon Best Apartments
Largo do Chiado 5, Santa Maria Maior, 1200-108 Lisboa, Portugal
Preço da diária: 114,75 Euros

4.2  Hotel Avenida Park

No dia que antecedeu nosso retorno ao Brasil, ficamos hospedados nesse hotel simples, mas que fica bem em frente ao Parque Eduardo VII. As vantagens desse hotel para o propósito de arrumar as malas para o retorno foram as seguintes: existem muitas vagas para estacionar o carro bem próximo ao hotel, por ser em frente ao parque, e o fato de o hotel possui elevador.  A questão da vaga para estacionar é muuuuito importante em Lisboa, pois por ser muito antiga, a cidade tem poucas vagas de fácil acesso, a maior parte dos estacionamentos são em garagens subterrâneas. Como compramos muitos vinhos durante a viagem, precisamos até comprar uma mala específica para transporte de bebidas, rs. Então, para descer com todas compras e organizar as malas para a viagem, precisávamos de um hotel que permitisse facilidade para transporte das malas. O Avenida Park foi perfeito para essa finalidade.
Infelizmente não pudemos experimentar o café da manhã do hotel, pois ele iniciava só às 8 horas da manhã, e nosso voo era cedo. 

Fachada do Avenida Park Hotel
Belo texto exaltando Lisboa, que fica logo na recepção do hotel

Hall do hotel
Refeitório, onde é servido o café da manhã (que infelizmente não pudemos provar)
Quarto apertadinho

Banheiro simples
Banheirinha para um relax
Avenida Sidónio Pais 6, Avenidas Novas, 1050-214 Lisboa, Portugal
Preço da diária: 104 Euros

5. Chip da Vodafone em Portugal

Como precisaríamos de internet e GPS para nos guiar pelas estradas de Portugal, decidimos comprar um chip para nos manter conectados o tempo todo. Portugal é um país com muita cultura de wifi gratuito nos estabelecimentos, mas quando precisamos nos deslocar de carro achamos sempre que vale a pena pegar um chip local. Pelas pesquisas que fizemos, vimos que a Vodafone tinha planos temporários bacanas. Outra vantagem é que no próprio aeroporto internacional de Lisboa existem uma loja e um quiosque da Vodafone. No horário em que chegamos, às 6h da manhã, o quiosque estava fechado, mas a loja estava aberta, o vendedor foi super atencioso, nos explicou direitinho as opções. O sinal da Vodafone é fantástico, 4G por todo o país. Gostamos muito mesmo, e recomendamos.
Uma dica que já demos em outros posts e que sempre repetimos é a seguinte: para quem tem celular com aquele buraquinho para abrir o compartimento onde fica o chip, se você for comprar um chip local, não esqueça de levar aquele pininho para poder fazer a troca. Nessa viagem mesmo nosso pininho salvou um casal que estava alugando o carro antes de nós e não estava conseguindo abrir o celular para colocar o chip de Portugal.  :)

Loja da Vodafone no aeroporto. Foto: Blog Falando de viagem
Aeroporto de Lisboa - Hall das Partidas, loja 3, 1700-008 Lisboa
Horário: Todos os dias das 7h00 as 20h00  
Quiosque: 
Aeroporto de Lisboa - Hall das Chegadas, 1700-008 Lisboa
Horário: Todos os dias das 8h00 às 22h00
Preço do plano: 15 euros, por 15 dias (5 GB de dados)

6. Passeios em Lisboa

Tínhamos elencado muitos locais para visitar em Lisboa, porém vários ficaram para uma próxima oportunidade. Levamos muito mais tempo do que prevíamos no aeroporto, pois para pegar as malas, comprar o chip e  locar o veículo, levamos umas boas 2 horas e meia. Também não ajudou muito o tempo, que estava bem nublado no dia em que chegamos, então não fomos a todos os mirantes que tínhamos planejado (lá eles os chamam de miradouros). De toda forma, fizemos vários passeios muito legais, que vamos compartilhar aqui com vocês.

6.1  Miradouro Parque Eduardo VII

No prolongamento da Av. da Liberdade, constituindo um local de excelente vista panorâmica sobre a cidade, situa-se este jardim inicialmente denominado Parque da Liberdade, rebatizado com o nome do rei de Inglaterra aquando da sua visita a Lisboa em 1903. 
Desde a sua origem este parque foi palco de feiras, exposições e divertimentos. A sua estrutura, com uma faixa central coberta de relva, ladeada por um passeio de calçada portuguesa, é da autoria do arquiteto Keil do Amaral, constituindo um marco importante na evolução urbana da cidade. Destaca-se neste jardim o busto de Eduardo VII de Inglaterra e a escultura de evocação ao 25 de Abril da autoria de João Cutileiro. 

Jardim que fica logo atrás do Miradouro Eduardo VII, em homenagem à fadista Amália Rodrigues

Vista do Miradouro Eduardo VII
Chafariz do Miradouro

Estátua do Marquês de Pombal
Nós, no Miradouro Eduardo VII
Imagem do Miradouro em dia de sol. Fonte: site da CVC
Cliquem aqui para ver no youtube: Miradouro Parque Eduardo VII, Lisboa, Portugal. Vídeo 360 graus . É o vídeo que fizemos, para você também curtir o Miradouro por todos os ângulos. 
Lembre-se de escolher a melhor qualidade da imagem na configuração (o vídeo é em 4K). Se estiver vendo em um computador, clique na imagem e arraste, para poder ver todos os ângulos. No celular, basta girá-lo. Como o vídeo é curtinho, você pode pausar e então girar para melhor aproveitar a visão em 360 graus.

Serviço: Miradouro Parque Eduardo VII
Endereço: 1070-051 Lisboa, Portugal
Horário: 24 horas, acesso gratuito

6.2 Miradouro da Graça

O Miradouro do Largo da Graça, rodeado de pinheiros mansos, oferece uma das melhores vistas sobre a cidade de Lisboa e Rio Tejo.
Dele pode-se avistar o Castelo de São Jorge, a Mouraria, o Martim Moniz, a Baixa Pombalina, o Convento do Carmo e o Monsanto.

Vista do Miradouro, com o Castelo de São Jorge ao fundo, à esquerda
 


Imagem da vista do Miradouro em dia de sol. Fonte: Blog Daily Sunbeams
Cliquem aqui para ver no youtube: Miradouro da Graça, Lisboa, Portugal. Vídeo 360 graus. Fizemos um vídeo curtinho, para compartilhar a vista do Miradouro por todos os ângulos.
Lembre-se de escolher a melhor qualidade da imagem na configuração (o vídeo é em 4K). Se estiver vendo em um computador, clique na imagem e arraste, para poder ver todos os ângulos. No celular, basta girá-lo. Como o vídeo é curtinho, você pode pausar e então girar para melhor aproveitar a visão em 360 graus.
 
Endereço: Calçada da Graça, 1100-265 Lisboa, Portugal
Acesso ao Miradouro: 24 horas, gratuito


O Castelo de S. Jorge – Monumento Nacional integra a zona nobre da antiga cidadela medieval (alcáçova), constituída pelo castelo, os vestígios do antigo paço real e parte de uma área residencial para elites.
A fortificação, construída pelos muçulmanos em meados do século XI, era o último reduto de defesa para as elites que viviam na cidadela: o alcaide mouro, cujo palácio ficava nas proximidades, e as elites da administração da cidade, cujas casas são ainda hoje visíveis no Sítio Arqueológico.
Após a conquista de Lisboa, em 25 de Outubro de 1147, por D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, até ao início do século XVI, o Castelo de S. Jorge conheceu o seu período áureo enquanto espaço cortesão. Os antigos edifícios de época islâmica foram adaptados e ampliados para acolher o Rei, a Corte, o Bispo e instalar o arquivo real numa das torres do castelo. Transformado em paço real pelos reis de Portugal no século XIII, o Castelo de S. Jorge foi o local escolhido para se receberem personagens ilustres nacionais e estrangeiras, para se realizarem festas e aclamarem-se Reis ao longo dos séculos XIV, XV e XVI.
Com a integração de Portugal na Coroa de Espanha, em 1580, o Castelo de S. Jorge adquire um caráter funcional mais militar, que se manterá até ao início do século XX. Os espaços são reconvertidos, outros novos surgem. Mas, é sobretudo após o terramoto de Lisboa de 1755 que se dita uma renovação mais substantiva com o aparecimento de muitas construções novas que vão escondendo as ruínas mais antigas. No século XIX, toda a área do monumento nacional está ocupada por quartéis.
Com as grandes obras de restauro de 1938-40, redescobre-se o castelo e os vestígios do antigo paço real. No meio das demolições então levadas a cabo, as antigas construções são resgatadas. O castelo readquire a sua imponência de outrora e é devolvido ao usufruto dos cidadãos.

Portal de acesso ao Castelo de São Jorge





Vários pavões circulavam entre os turistas. Este resolveu nos presentear com suas plumas abertas.

Vista das muralhas do Castelo. Fonte: site Dicas de Lisboa
Vista do Castelo. Fonte: site Dicas de Lisboa
Vista externa do Castelo. Fonte: site Dicas de Lisboa
Uma atividade diferente e bem interessante disponível no Castelo é a Câmara Obscura. Trata-se de uma sala escura, na qual um periscópio (sistema óptico de lentes e espelhos) permite observar minuciosamente a cidade em tempo real, os seus monumentos e zonas mais emblemáticas, o rio e o ritmo da vida ao vivo de Lisboa, num olhar que percorre 360º. No dia em que fomos, como estava nublado, as imagens não estavam tão nítidas, mas mesmo assim foi bem bacana.

Visão ao vivo da cidade, utilizando o periscópio. Fonte: site do Castelo de São Jorge
Cliquem aqui para ver no youtube: Castelo de São Jorge, Lisboa, Portugal. Vídeo 360 graus. Fizemos um vídeo curtinho, para compartilhar a vist do Miradouro por todos os ângulos.
Lembre-se de escolher a melhor qualidade da imagem na configuração (o vídeo é em 4K). Se estiver vendo em um computador, clique na imagem e arraste, para poder ver todos os ângulos. No celular, basta girá-lo. Como o vídeo é curtinho, você pode pausar e então girar para melhor aproveitar a visão em 360 graus.

Endereço: Rua de Santa Cruz do Castelo, Lisboa 1100-129, Portugal
Número de telefone: +351 21 880 0620
Horário de funcionamento: 1 Nov a 28 Fev | 9h00 às 18h00
                                            1 Mar a 31 Out | 9h00 às 21h00
Tarifa: 8,50 Euros (adulto)


Segundo a explicação do próprio site da loja Pastéis de Belém: "Em 1837 iniciámos a fabricação dos Pastéis de Belém, segundo uma antiga receita do Mosteiro dos Jerónimos que diariamente renasce na nossa fábrica pelos mesmos processos artesanais. Os Pastéis de Belém proporcionam hoje o paladar da antiga doçaria portuguesa".
Esse é um daqueles lugares imperdíveis de Lisboa, tanto pelo fato de ser muito famoso como pelo paladar. Nós já comemos pastéis de nata muito bons, mas realmente é indescritível como o pastel de Belém dessa loja é diferente: a casca é bem crocante, e o recheio vem derretendo! Ah, lá em Lisboa aprendemos que só podem ser chamados de pastéis de Belém os de lá, de Belém, mesmo, os outros são pastéis de nata, ok? Rs. 

O recheio do pastel de Belém se desmanchando na minha mão. Hummmm!
Vista da fachada da loja e fábrica dos pastéis de Belém. Fonte: Site da loja Pastéis de Belém
A loja está sempre lotada, com filas grandes. Fonte: Site Viva Minutos
Caixinha que vem com 6 unidades do pastel de Belém. Nós compramos essa, para não termos que "brigar" por mesa para saborear os doces. Fonte: Site da loja Pastéis de Belém
Eu e Alicinha saboreando pastéis de Belém
Serviço: Pastéis de Belém 
Rua de Belém nº 84 a 92, 1300 – 085 Lisboa Portugal  
Tel: +351 21 363 74 23
Preço: 14 Euros a caixa com 6 pastéis de Belém


Da autoria do arquitecto  Cottinelli Telmo (1897 – 1948) e do escultor Leopoldo de Almeida (1898 – 1975), o Padrão do Descobrimentos foi erguido pela primeira vez em 1940, de forma efémera e integrado na Exposição do Mundo Português. Construído em materiais perecíveis, possuía uma leve estrutura de ferro e cimento, sendo a composição escultórica moldada em estafe (mistura de espécies de gesso e estopa, consolidada por armação ou gradeamento de madeira ou ferro).
Em 1960, por ocasião da comemoração dos 500 anos da morte do Infante D. Henrique, o Padrão é reconstruído em betão e cantaria de pedra rosal de Leiria, e as esculturas em cantaria de calcário de Sintra. Em 1985 é inaugurado como Centro Cultural das Descobertas. O arquitecto Fernando Ramalho remodelou o interior, dotando o Padrão de um miradouro, auditório e salas de exposições.
Isolado e destacado no paredão à beira do Tejo, o Padrão dos Descobrimentos evoca a expansão ultramarina portuguesa, sintetiza um passado glorioso e simboliza a grandeza da obra do Infante D. Henrique, o impulsionador das descobertas.

Uma caravela estilizada faz-se ao mar, levando à proa o Infante D. Henrique e alguns dos protagonistas (32) da gesta ultramarina e da cultura da época, navegadores, cartógrafos, guerreiros, colonizadores, evangelizadores, cronistas e artistas, são retratados com os símbolos que os individualizam.
Um mastro estilizado, com orientação Norte – Sul, tem em cada uma das faces dois escudos portugueses, com cinco quinas, envolvidos por faixa com 12 castelos e ao centro várias flores-de-lis. Ao mastro adoçam-se, em cada face, três estruturas triangulares, curvas, dando a ilusão de velas enfunadas pelo vento.

A face norte é formada por dois gigantes de cantaria, onde se vêem inscrições em letras metálicas:
no lado esquerdo, sobre uma âncora: AO INFANTE D. HENRIQUE E AOS PORTUGUESES QUE DESCOBRIRAM OS CAMINHOS DO MAR;
o lado oposto, sobre uma coroa de louros: NO V CENTENÁRIO DO INFANTE D. HENRIQUE 1460 – 1960.

Características técnicas:
Altura – 56m; Largura – 20m; Comprimento – 46m; Fundações – 20m
Figura central (Infante) – 9m Figuras laterais (32) – 7m

Mosteiro dos Jerônimos, ao fundo. Clique na imagem para ampliá-la
Jardim da Praça do Império, entre o Mosteiro dos Jerônimos e o Padrão dos Descobrimentos.
Clique na imagem para ampliá-la.
Chafariz do Jardim da Praça do Império
Mosteiro dos Jerônimos
Vista lateral do Padrão dos Descobrimentos
Alessandro e os navegantes portugueses ao fundo
Vista do miradouro do Padrão dos Descobrimentos
Vista panorâmica do miradouro. Clique na imagem para ampliá-la
Rosa dos ventos que fica em frente ao Padrão dos Descobrimentos, vista do miradouro.
Observe que no centro da rosa dos ventos há um mapa mundi.
Vista do Jardim e do Mosteiro dos Jerônimos, a partir do miradouro do Padrão dos Descobrimentos

Parte do mapa mundi feito de pedras doadas pela África do Sul, que fica no centro da rosa dos ventos
No mapa mundi estão pontuados os descobrimentos dos navegadores portugueses
 

Quem são os navegadores representados no Padrão dos Descobrimentos?
Estes são os do lado leste do monumento. Fonte: Blog Portugal Glorioso
Quem são os navegadores representados no Padrão dos Descobrimentos?
Estes são os do lado oeste do monumento. Fonte: Blog Portugal Glorioso
Lembre-se de escolher a melhor qualidade da imagem na configuração (o vídeo é em 4K). Se estiver vendo em um computador, clique na imagem e arraste, para poder ver todos os ângulos. No celular, basta girá-lo. Como o vídeo é curtinho, você pode pausar e então girar para melhor aproveitar a visão em 360 graus.

Av. Brasília 1400-038 Lisboa
Telefone: +351 213 031 950
Horário de Verão: Março a Setembro
10h00 às 19h00 -Todos os Dias, Última Admissão: 18h30
Horário de Inverno: Outubro a Fevereiro
10h00 às 18h00 - Terça a Domingo, Última Admissão: 17h30
Fechado nos dias 1 de Janeiro; 1 de Maio; 25 de Dezembro
Preço: 4 Euros (adulto), 2 Euros (estudante). 


A Torre de Belém, localizada à beira do Rio Tejo, foi inaugurada em 1521. Sua fachada é repleta de imagens de santos, brasões, cruzes e o escudo real. 
Segundo o site Viagem e Turismo: "Em cinco séculos de história, a Torre de Belém já foi forte, prisão, alfândega e farol, e hoje é o maior símbolo do país – não por acaso, está retratada em dezenas de latas de azeite mundo afora. Originalmente erguida numa ilha no estuário do Tejo, quase no meio do curso do rio – alterações no curso fluvial e aterros a trouxeram junto à margem –, ela servia como baluarte defensivo para o porto em épocas antigas. Sua elaborada ornamentação, típica do estilo manuelino, remete às conquistas no Oriente e traz diversos motivos navais". 
Atente para o horário de funcionamento; nós chegamos na hora em que já havia fechado, então só vimos a Torre por fora, mesmo (o que já vale muito a pena!).






Serviço: Torre de Belém
Endereço: Av. Brasília, 1400-038 Lisboa, Portugal
(bem próxima ao Padrão dos Descobrimentos)
Horários:
Outubro a Abril - Das 10h00 às 17h30 (última entrada às 17h00)
Maio a Setembro - Das 10h00 às 18h30 (última entrada às 17h00)
Fechado: Às segundas-feiras e nos dias 1 de Janeiro, Domingo de Páscoa, 1 de Maio, 13 de Junho e 25 de Dezembro
Preço: 6 Euros (verifique se para você não vale a pena comprar os bilhetes conjuntos, por exemplo, da Torre de Belém + Mosteiro dos Jerônimos. Clique aqui e veja no site da Torre de Belém essas opções.)

6.7  Outros

Passeando de carro ou caminhando por Lisboa, avistamos vários outros monumentos e curiosidades que ilustraremos a seguir.

Curiosa loja, onde se vendem latas de sardinha: "Mundo fantástico da Sardinha Portuguesa"
Casario com típicos azulejos portugueses, lindos.
O músico tocava maravilhosamente, próximo ao Castelo de São Jorge.
Estátua de Dom João I
Jardim da Praça Afonso de Albuquerque. Clique aqui e veja uma foto em 360 graus da praça.
 

Ao fundo, o Museu da Presidência da República.
 

Lá em Portugal, "peões" são pedestres. Rs.
Há muitos tuque-tuques rodando por Lisboa, com a turistada
Mini carro que vimos para alugar no Parque Eduardo VII e no centro de Lisboa
Alice em frente ao Nicolau, café super agitado do centro de Lisboa
 

Igreja da Sé. Para quem conhece a igreja de Notre Dame, em Paris, reparem na semelhança!
A Notre Dame é bem maior, é verdade, mas é impressionante como elas são parecidas.
Encontrei um blog, Finestrino, que fala exatamente disso, clique aqui para ver a postagem.
Paróquia de São Nicolau
Atravessando a ponte Vasco da Gama
Ponte Vasco da Gama
Ponte Vasco da Gama. Fonte: Feel-Planet. Clique na imagem para ampliá-la.
 6.8 Locais que ficaram pra próxima

Em Lisboa, há muitos outros locais que gostaríamos de ter conhecido. Vamos listar a seguir alguns deles:
Parque das Nações: Oceanário, Pavilhão do Conhecimento
Miradouro Portas do Sol
Sé de Lisboa
Panteão Nacional 
Terreiro do Paço, Praça do Comércio 
Miradouro São Pedro de Alcântara 
Palácio São Bento
Assembléia da República
Mosteiro dos Jerónimos (por dentro)

7. Restaurantes


Almoçamos neste restaurante charmoso no bairro do Chiado, próximo ao apartamento no qual nos hospedamos. A decoração é bem bacana, tem muitos discos de vinil pendurados nas paredes. De fora dá a impressão de ser super pequeno, mas o restaurante tem escadas para o subsolo e vários ambientes. 

Fachada do Vintage Gourmet. Fonte: Site The Fork
Prato executivo com carne de porco, muito gostoso.
Vinho saboroso da região do Douro
Eu e os discos de vinil
Serviço: Vintage Gourmet
R. Horta Seca 1, RC 1200-221 Lisboa Portugal
Segunda a Sábado das 12:00 às 00:00
Domingo das 14:00 às 00:00
(observação: fomos a vários restaurantes antes, que estavam todos fechados, no almoço de sábado)
Preço: 3 pratos executivos, mais uma garrafa de vinho pequena e um refrigerante = 34 Euros
Aceita cartões de crédito


Essa taberna foi indicação do dono do apartamento, tentamos ir no almoço mas estava fechado. À noite ficamos esperando por mais de uma hora para conseguir mesa, pois o local é beeem pequeninho, mas valeu muito a pena! O cardápio varia todos os dias, pois o chef faz os pratos de acordo com os ingredientes que ele compra no dia - geralmente, frutos do mar fresquinhos. O cardápio é escrito em uma lousa e a atendente vem e explica cada prato de um jeito tão "gourmet" que tudo parece maravilhoso, rs.
Nós adoramos os pratos que pedimos.

Fachada da Taberna da Rua das Flores. Foto: Daniel Ferreira, disponível no google
A atendente mostrando o cardápio, com a lousa na mão. Foto: Site Timeout
Prato saborosíssimo: tiradito de corvina. Ah, o pão e o azeite deles é divino também.
Até compramos o azeite para trazer para casa.
Pampo laminado, tomate cereja, manjericão e chips de mandioca
Sagabulho de choco. Foi o prato mais "pesado", esse foi o que menos gostamos.
Rua das Flores 103, Lisboa 1200-194, Portugal
Horário de funcionamento:
segunda-feira 12:00–23:30
terça-feira 12:00–23:30
quarta-feira 12:00–23:30
quinta-feira 12:00–23:30
sexta-feira 12:00–23:30
sábado 18:00–23:30
domingo Fechado
Preço: pedimos 3 pratos, mais taças de vinho da casa, um refrigerante e uma sobremesa. A conta deu aproximadamente 50 Euros.


Este restaurante italiano foi indicado pelo recepcionista do hotel Avenida Park, fica na esquina da rua do próprio hotel. A indicação foi perfeita, pois a comida era farta, gostosa e o preço, bom. Comemos muito bem na última noite em Lisboa.

Fachada do restaurante. Fonte: Tripadvisor
Um brinde!
Pizzas para o Alessandro e a Alice...
... e espaguete com camarão para mim. Hummm!
Avenida Sidonio Pais 2-B, Lisboa 1050-214, Portugal
Horário: Seg - Sáb 12:00 - 15:30, e 19:00 - 23:00

8. Compras

Portugal está longe de ser um centro de compras como os Estados Unidos, mas algumas coisas são irresistíveis por lá. Para nós, foi impossível voltar sem vinhos, sem a ginjinha (um licor feito de ginja, uma fruta muito parecida com a cereja, falaremos dela na postagem sobre Óbidos) e sem um bom azeite. Então, quando vimos, já estávamos com um monte de garrafas, que não caberiam de forma alguma em nossas malas. Além de não caber, ainda havia o risco de as garrafas se quebrarem. Decidimos então comprar uma mala específica para transporte de bebidas em viagens. 
Compramos a mala da marca Lazenne, chamada Wine Check. A mala é composta de uma capa de nylon de alta qualidade, e em seu interior é colocada uma caixa de isopor emoldurada para acomodar 12 garrafas grandes. Trata-se de uma maneira segura, conveniente e prática de voar transportando 12 garrafas. Esta bagagem especializada, aprovada pelas companhias aéreas, tem design leve que permite que a mala com as bebidas fique sob o limite de peso de 23 kg. Com rodas e uma alça, ela é fácil de puxar (observar que a mala precisa estar corretamente virada para cima, para que seja puxada com facilidade). É possível levar só a capa dentro de uma mala e comprar a caixa de isopor no destino, caso seja um destino típico de passeios enológicos, por exemplo, pois provavelmente haverá uma loja que venderá a caixa interna. Nós pagamos 125 Euros na mala completa.

Tamanho da mala: 52 cm de comprimento, 46 cm de largura e 43 cm de altura.
 

A caixa interna da mala Wine Check, com os isopores para colocar as garrafas
9. Tax Free em Portugal

Em Portugal, assim como em outros países que visitamos, existe o ‘tax-free’: trata-se da isenção do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) nas compras realizadas por viajantes que tenham residência fora da União Européia. 
Isto significa que qualquer residente em outro país, fora da União Européia (inclusive os que têm a nacionalidade portuguesa), pode pedir a devolução deste imposto. Para ter direito ao reembolso, o valor mínimo de compras é de 61,35 Euros, na mesma loja e no mesmo dia. O reembolso não é válido para gastos feitos com os serviços de hotelaria, restauração ou aluguel.

Símbolos de Tax Free
E o que é preciso fazer para receber o valor do IVA de volta?
1. Leve o seu passaporte para comprovar a sua residência em países fora da União Europeia (UE) na hora de fazer compras;
2. Escolha lojas que fazem parte do programa de ‘tax free': procure sempre o símbolo do ‘Tax Free’ na entrada do espaço ou pergunte na caixa da loja se têm “Tax Free / Tax Refund / Devolução de IVA”;
3. Ao pedir o Tax Free para o vendedor, ele preencherá um formulário, que precisa de assinatura;
4. Guarde os formulários e a respectiva nota fiscal da compra (eles colocam em um envelope);
5. Ao fazer a mala, coloque os itens comprados na bagagem que será despachada, e de preferência deixando-os com fácil acesso, pois pode ser necessário mostrá-los na alfândega (geralmente não ocorre, porque a fila é muito grande, mas se o fiscal resolver ser rigoroso, é melhor já ir prevenido);
6. Faça o seu check in, coloque as etiquetas nas bagagens, mas não despache a bagagem onde estão as compras. Você tem que levá-la na Alfândega. Eles despacham de lá; 
7. A Alfândega, onde você deve entregar seus formulários e notas fiscais, fica nos portões de check in 115 a 118 do Embarque do Aeroporto de Lisboa;

Entrada da fila da Alfândega, para pedir o Tax Free. Fonte: Blog Cultuga
Visão da fila da Alfândega. Somente os balcões 117 e 118 estavam atendendo. Demora!
8. Agora vamos dar a dica, um esclarecimento quanto à existência de dois locais diferentes para fazer o procedimento da Alfândega no aeroporto de Lisboa. Caso você decida utilizar algum dos objetos comprados na viagem, ou resolva levá-lo na bagagem de mão, o fiscal dirá que esses itens têm que ser declarados em outro posto da Alfândega, que fica após o raio X. Isso significa uma outra fila enorme para enfrentar, por isso, não recomendamos (em geral, o que o fiscal faz, na Alfândega do check in, é perguntar se está tudo na bagagem que será despachada);

A outra fila da Alfândega, após o raio-x, que é para os objetos comprados que estiverem
sendo levados como bagagem de mão
9. Após receber os carimbos na Alfândega, você enfrentará mais uma fila na loja que faz efetivamente o reembolso, que também fica logo após o raio X. Não se esqueça de preencher os campos no envelope que dizem respeito ao comprador. Você pode receber em dinheiro ou no cartão de crédito. Caso você tenha envelopes de mais de uma operadora, como Global Blue e Premier Tax Free, por exemplo, (como foi o nosso caso), você terá que enfrentar 2 filas.
10. Chegue com, pelo menos, cinco horas de antecedência ao aeroporto. Não é exagero. É muito provável que encontre fila na Alfândega e também nas lojas, para receber o reembolso;
  
Loja da Global Blue, apenas para referência (esta não é de Lisboa, é de Buenos Aires).
As lojas para fazer o reembolso, no aeroporto de Lisboa, ficam logo após o raio x, é impossível não vê-las.
Fonte: Blog Meus Roteiros de Viagem
Outros sites que descrevem bem a questão do Tax Free em Lisboa:

Para nós valeu muito a pena, recebemos cerca de 78 Euros de volta, em dinheiro vivo! Aproveitamos e gastamos no Duty Free, no aeroporto de Guarulhos, rs.

Bom, acho que é isso, galerinha! 
Nas próximas postagens vamos falar de todos os outros locais por onde andamos nesta nossa passagem pela terra dos nossos descobridores, ok?

Beijos, e até a próxima!