domingo, 20 de novembro de 2016

Dicas - o que fazer em um dia em Manaus/AM - outubro de 2016

Hello, galerinha!!

Hoje vamos falar de nossa passagem "relâmpago" pela floresta amazônica!... Fizemos uma viagem a Miami e Orlando (faremos a postagem sobre a viagem logo em seguida), com voos partindo de e retornando a Manaus, então tivemos uma tarde, na ida, e uma manhã, na volta, para conhecer um pouquinho desta famosa capital, que fica no meio da nossa exuberante Amazônia.

O abraço gostoso do bicho preguiça que conhecemos em Manaus!

1. Sobre Manaus e o estado do Amazonas

Segundo dados do IBGE, Manaus tem população estimada em 2.094.391 habitantes (2016). Os nascidos em Manaus são denominados manauaras. O nome Manaus deriva do nome da tribo indígena que habitava a região, "Manaós", que significa "mãe dos deuses".
O estado do Amazonas é o maior em área do Brasil, tem mais de 1.559.159 km2, e possui uma das menores densidades demográficas, de 2,57 habitantes por km2 (estimativa 2016). Para comparar, dentro do estado do Amazonas cabem mais de 6 estados de São Paulo! Já a densidade demográfica do estado de São Paulo, por sua vez, é de 166,23 habitantes por km2 (dados de 2010).
O Amazonas é banhado pela bacia hidrográfica Amazônica, a maior do mundo, com quase 4 milhões de quilômetros quadrados em extensão. O rio Amazonas - que dá nome ao estado - é o principal de seus rios, com 7.025 quilômetros de extensão desde sua Nascente, na Cordilheira dos Andes, no Peru, até a sua foz no Oceano Atlântico. Além do rios Amazonas, Negro e Solimões, outros principais rios integrantes da Bacia Amazônica são: Madeira, Purus, Juruá, Uatumã, Içá, Japurá e Uaupés. (fonte: Site sua pesquisa).


2. Voos e aluguel de carro em Manaus

Como dissemos no início do post, compramos passagens de Manaus a Miami, da empresa venezuelana Avior, porém foi o típico "barato que saiu caro", por termos comprado por intermédio da Viajanet (vejam aqui nossa postagem: "Viajanet NÃO é confiável. Comprar Viajanet NÃO vale a pena. Cuidado: Viajanet é GOLPE!").  Aproveitamos para frisar aqui novamente, nossa dica é: NÃO COMPRE NADA DA VIAJANET! Sugerimos que leiam a referida postagem para que compreendam o porquê de nossa afirmação.
Bem, mas "voltando à vaca fria", como diria meu antigo professor da Unicamp, compramos passagens de ida e volta de Brasília a Manaus para realizar a viagem aos States. Pela Gol, compramos trechos diretos Brasília-Manaus-Brasília para 3 pessoas, que totalizaram R$ 1.794,63, já com as taxas de embarque (preço de ida e volta, R$ 598,21 por pessoa). Bem caro! Às vezes aparecem umas promoções de voos para Manaus, com preços melhores que esses, mas como tínhamos que garantir que estaríamos lá para pegar o voo para Miami, acabamos pagando esse preço.

Para ficar mais fácil nossa locomoção, já que pretendíamos também fazer um passeio, alugamos um carro, pela Localiza. Pagamos R$ 145,10 pelo aluguel de 1 dia de um carro econômico com ar condicionado (Palio) - pagamos somente o seguro adicional, para terceiros (R$ 10), visto que nosso cartão de crédito cobre o seguro padrão, e acrescentamos o condutor adicional (R$ 7).
Com relação a aluguel de carro, conforme comentamos na nossa postagem com Dicas de Inhotim, é importante observar se não há nenhum barulho estranho no carro e também se o acendedor está funcionando, se você for utilizar o GPS do celular (para poder utilizar o carregador no carro).  

3. Hospedagem

No dia 08/10, véspera de nosso voo a Miami, ficamos hospedados no Ecosuites Hotel Manaus. Fizemos nossa reserva pelo Booking, pagamos R$ 163 a diária por um quarto triplo. Este hotel fica bem no centrão de Manaus, em uma rua extremamente estreita, no meio do comércio. Chegamos em um sábado no horário do almoço e achamos o local bem "bagunçado". Ah, e atenção: o hotel não tem vaga de garagem, é preciso utilizar um dos estacionamentos pagos que existem nas proximidades. O wifi também não funcionava muito bem nos quartos. Em compensação, as cozinheiras foram muito solícitas e nos serviram o café da manhã antes do horário padrão, pois teríamos que estar no aeroporto às 7 horas da manhã.

Ecosuites Hotel Manaus. A entrada do hotel é bem escondida, é a porta à direita, na foto. Fonte: Hoteis.com
Quarto triplo do Ecosuites Hotel Manaus.
Ecosuites Hotel Manaus. Limpo, amplo, porém está localizado no centro comercial.
No dia 16/10, no retorno de nossa viagem a Miami, ficamos hospedados no Hotel Manaós. Este hotel tem uma localização melhor, fica praticamente em frente ao Teatro Amazonas, e apesar de não ter garagem, possui várias vagas de estacionamento na rua do hotel, que é bem larga. O café da manhã é bom e o wifi funcionava razoavelmente. Pagamos R$ 139 pela diária por um quarto triplo, ou seja, a relação custo-benefício é melhor ainda.

Hotel Manaós, no centro histórico de Manaus.
Quarto triplo do Hotel Manaós.
Banheiro do quarto do Hotel Manaós.
4. Passeios

4.1 Encontro das Águas, Casas Flutuantes e Bicho Preguiça

Seguindo as dicas do nosso "guru" Ricardo Freire, do blog Viaje na Viagem, decidimos que iríamos chegar em Manaus, fazer o check in no hotel, almoçar e então partir para o passeio do Encontro das Águas. Como teríamos só o período da tarde, a forma mais rápida seria irmos até o porto da Ceasa para de lá navegarmos até o ponto onde as águas do Rio Solimões encontra com as do Rio Negro.
Como dissemos, estávamos de carro alugado, então foi bem rápido para nos locomovermos até o porto da CEASA, onde se encontra a Cooperativa Solinegro de Turismo, onde você pode contratar o passeio de lancha rápida. 

Este mapa demonstra a proximidade do porto da Ceasa até o Encontro das Águas.
A Cooperativa, no galpão da Ceasa. Fonte: Blog Viaje na Viagem.
Chegando em frente à Cooperativa, os guias rapidamente vêm lhe atender. Nós pagamos R$ 180 pelo passeio completo para nós 3 (passeio exclusivo, só nós na lancha), com direito ao encontro das águas, a visita à comunidade de casas flutuantes, a pescaria de pirarucus e a parada em um flutuante de ribeirinhos, onde pudemos interagir com animais da floresta. Na lancha, em menos de 10 minutos já se chega ao encontro das águas negras e amarronzadas. 

Vista geral do porto da CEASA
Na lancha, sendo guiados pelo Elson, da Cooperativa Solinegro. (92-995054767).
A diferença das cores é mais nítida em dias ensolarados, mas mesmo com o céu nublado é muito impressionante.
As águas do Rio Negro, à esquerda, e do Rio Solimões, à direita.
Encontro das Águas. Esse saquinho azul atrapalhou a foto; nada de jogar sacos plásticos nos rios e mares, galera!!
Isso mata muitos animais, que comem os plásticos por engano. Além de ser muito feio e nojento, né??
Mas, afinal, por que as águas dos rios Negro e Solimões não se misturam? Segundo a professora de química da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Karime Bentes, a resposta é: "Porque a composição química, a temperatura e a velocidade dos dois rios são diferentes". 
Ao longo de um percurso de cerca de 6 km, os rios Negro e Solimões andam lado a lado sem se misturar antes de se tornarem um só – o grande Rio Amazonas. O fenômeno, conhecido como Encontro das Águas, acontece devido à diferença de composição e acidez, aliada à temperatura e à velocidade das duas correntezas. O Rio Negro, que carrega uma grande quantidade de matéria orgânica desde sua nascente na Colômbia (o que dá o tom escuro à sua água), corre a cerca de 2 km/h com uma temperatura de 28 °C. Já o Solimões, que nasce nos Andes peruanos e tem uma água de aspecto barroso, devido a uma carga de sedimentos vindos da erosão de solos de origem vulcânica, faz o percurso em uma velocidade aproximada de 4 a 6 km/h a uma temperatura de 22°C. (fonte: Abril - mundo estranho).

Nosso guia explicou exatamente isso, mas o melhor mesmo não é ouvir a justificativa: é sentir a diferença! É impressionante, ao colocarmos a mão na água, sentimos nitidamente a diferença de temperatura: o rio Negro é mais "quentinho", e o rio Solimões, marrom, é mais gelado. Ver com os próprios olhos aquela imensidão de águas que não se misturam é mesmo fantástico!

Linda imagem aérea do encontro das águas do Negro com o Solimões. Fonte: Juma Lodge
Quando contratamos o guia Elson, a Alice perguntou: "nós vamos ver o boto cor-de-rosa?". Ele explicou que não teria como garantir que veríamos algum boto, já que eles estão livres naquele riozão enorme. Pois adivinhem? A sorte não nos abandona, rs, e nós vimos alguns botos durante nosso passeio. Confiram o vídeo abaixo.


Depois da emoção de ver os botos, fomos ao segundo ponto de visitação do passeio: a Comunidade Catalão. São mais de 100 casas flutuantes, incluindo mercadinhos, igrejas e até uma escola, construídas sobre toras de madeira, que bóiam nas águas do Rio Negro.

A "rua" da comunidade Catalão
Mercadinho e Lanchonete da Comunidade
Os moradores em seus afazeres num sábado à tarde
A escola municipal Nossa Senhora Aparecida
Alicinha curtindo o passeio Amazônico
Demos então uma parada no Flutuante dos Pirarucus. O pirarucu, de nome científico arapaima gigas, conhecido como o gigante das águas doces, é uma espécie de peixe que pode atingir mais de três metros e pesar 200 kg! Pagamos R$ 5 por pessoa para brincar na "pescaria" dos bichos. A "pescaria" não é com anzol, então não machuca os animais. É muito divertido e impressionante sentir o peso e a força dos pirarucus! Vejam no vídeo abaixo para ter uma ideia de como é.


Pirarucus agitados após jogarem ração
Alice jogando o peixe para "lutar" com o pirarucu
O Flutuante dos Pirarucus
Por fim, navegamos mais um pouco até chegarmos a um flutuante onde os ribeirinhos nos permitem tocar em animais selvagens como o bicho preguiça, o jacaré e a sucuri. Vejam nas fotos a seguir como nos divertimos. A Alice ficou encantada com o bicho preguiça, e sempre que vê as fotos, ela repete: "Quero um para mim!", rs.

Alice e o abraço gostoso do bicho preguiça
Ele faz até pose para a foto!
O Alê foi o único que teve coragem de pegar o filhote de jacaré nas mãos
Alice e a sucuri
Depois da jibóia, em Bonito (veja aqui nosso post sobre Bonito), que venha a sucuri!
Neste flutuante, dos animais, nós deixamos uma gorjeta livre (cada um deixa quanto quiser). Compramos uma máscara muito bonita, feita de dente de piranha, penas, escamas de pirarucu, sementes, que custou só R$ 25.

Máscara feita pelos ribeirinhos e adquirida no flutuante dos animais
Como dissemos, tínhamos pouco tempo para fazer o passeio e por isso optamos por partir do porto da Ceasa. Valeu muito a pena! A dica então, para quem está com dúvida sobre o que fazer em Manaus em uma tarde, é esta. Nós conseguimos fazer este passeio todo em 3 horas (contando com o deslocamento até a Ceasa)!

4.2 Centro histórico - Teatro Amazonas, Feira 

No nosso retorno de Miami, chegamos em Manaus no dia 15, à noite, e voltamos a Brasília no dia 16 às 14h. Tínhamos então a manhã do dia 16 para dar uma passeada pelo centro histórico. 
Como o hotel ficava praticamente em frente ao Teatro Amazonas, ele foi nosso primeiro destino. 

Teatro Amazonas, visto de frente do Hotel Manaós
Jardim em frente à entrada do Teatro
Alice na carruagem, no jardim do Teatro Amazonas
O imponente Teatro Amazonas, de 1896
Nós em frente ao Teatro Amazonas
Infelizmente, demos muito azar nesse dia: não pudemos entrar no teatro, pois ele estava fechado para um evento de uma escola. O que me chateou foi que eu tentei encontrar algum site, do próprio teatro ou da cidade de Manaus, que mostrasse a programação do Teatro - nossa ideia era até assistir a algum show ou peça que estivesse em cartaz - mas não encontrei NADA para podermos nos programar. Esperamos que eles se profissionalizem, afinal, pelas fotos que vemos na internet, o teatro é maravilhoso por dentro!...

Interior do Teatro Amazonas. Fonte: Portal do Holanda
Em frente ao teatro fica a Praça de São Sebastião, de onde também se avista a Paróquia de São Sebastião.
Praça de São Sebastião, com o Monumento de Abertura dos Portos ao centro
Na lateral da praça há um Museu, denominado Museu da Amazônia (MUSA). Tentamos ir lá, porém descobrimos que ele é fechado aos domingos. 
Demos uma volta então para tirarmos uma foto da fachada do Palácio da Justiça, de 1900, e fomos dar uma caminhada por uma feira de comida e artesanato que estava acontecendo na mesma avenida do hotel (av. Eduardo Ribeiro).
.
Palácio da Justiça de Manaus
Visão da feira que acontece aos domingos na Av. Eduardo Ribeiro. Pensem num calor!!

Muito bem, galerinha, acho que era isso que tínhamos para postar sobre Manaus.
Esperamos retornar para fazer mais passeios, como assistir algo no Teatro Amazonas, nadar com os botos cor-de-rosa e visitar o museu Seringal Vila Paraíso.

Beijinhos, 












Nenhum comentário:

Postar um comentário